15% IRC para as Multinacionais e 21% para as Pequenas e Médias Empresas

Enquanto as pequenas e médias empresas pagam 21% de IRC, as multinacionais beneficiam de uma taxa de 15%.
Artigos 06/09/2024

Tiago Caiado Guerreiro, Advogado e Sócio do Departamento de Fiscal e Segurança Social, comenta que a redução gradual da taxa de IRC até 15%, proposta pelo PSD (relevada também no Programa do Chega/Iniciativa Liberal), é uma questão de mera justiça, para além da óbvia competitividade fiscal do país, e a necessidade de captação de investimento produtivo e geração de emprego.

Tiago Caiado Guerreiro menciona que é incompreensível que grandes multinacionais, algumas com capitalizações bolsistas superiores ao PIB de Portugal, paguem apenas 15% de IRC, graças à Diretiva da União Europeia que garante um mínimo de tributação para essas corporações, enquanto pequenas, médias e microempresas são obrigadas a pagar 21%. Questiona como partidos e “opinion makers” podem defender interesses de grandes multinacionais e, ao mesmo tempo, prejudicar as empresas nacionais.

Destaca que essa disparidade entre pequenas empresas e multinacionais é injustificável, e não entende como forças políticas se opõem às empresas portuguesas enquanto parecem apoiar as multinacionais.

A Diretiva Comunitária, que estabelece uma tributação mínima de 15% para as multinacionais, acaba por assegurar que estas grandes corporações nunca paguem mais do que isso.


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