Macau já é a capital mundial do jogo, mas quer ser também um centro mundial de turismo, eventos e lazer.
No ano em que se cumprem duas décadas da passagem de Macau para domínio Chinês, surge o “Projeto da Grande Baía”, que visa construir uma metrópole mundial a partir de Hong Kong e Macau, e de nove cidades da província de Guangdong, através da criação de um mercado único e da crescente conectividade entre as vias rodoviárias, ferroviárias e marítimas.
O referido Projecto é um importante pilar para o projeto “Uma Faixa, Uma Rota”, uma iniciativa internacional Chinesa que pretende reforçar as ligações e dinamizar o comércio entre várias economias da Ásia, do Médio Oriente, da Europa e de África, promovendo maior abertura e conectividade entre estas zonas.
O objectivo do “Projecto da Grande Baía” é em 2030 superar economicamente centros de referência, como Tóquio ou Nova Iorque.
Para Macau surgem mais algumas metas, entre elas:
i. Aumentar as infraestruturas locais;
ii. Aumentar a capacidade de alojamento;
iii. Adicionar mais atrações não relacionadas com o jogo;
iv. Desenvolver recursos humanos locais para acompanhar as oportunidades de liderança.
O Governo Macaense poderá ponderar quais as indústrias que quer desenvolver no futuro, já tendo sido apontada a possibilidade de produção de medicamentos genéricos. Para tal, Macau poderá privilegiar as suas ligações à União Europeia para atrair equipamento e talentos mundiais para o fabrico de medicamentos genéricos, aliciando empresas portuguesas a estabelecer-se em Macau, e depois vendê-los ao enorme mercado do continente Chinês.
Da mesma forma, Macau tenciona exportar a Medicina Tradicional Chinesa para os países lusófonos, utilizando também Portugal como porta de entrada para a Europa, tendo já manifestado a vontade de conjugar esforços na implementação do programa Hospital TwinningPartnerships entre Macau e os países de língua portuguesa e na formação de profissionais de saúde especializados.
Macau pode, portanto, ter um papel central enquanto Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, como ponto de encontro entre o Ocidente e o Oriente, nomeadamente através da língua portuguesa, fomentando o desenvolvimento da cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa, designadamente Portugal com quem mantém uma ligação cultural que vai para além da língua.